sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Em uma coletiva Noar diz que manutenção de aeronaves estava em dia

Katherine Coutinho
Garantindo estar com a manutenção das aeronaves em dia, representantes da empresa Noar Linhas Aéreas deram uma entrevista coletiva, no final da tarde desta quinta-feira, no Recife, mesmo dia em que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos comentou oficialmente, pela primeira vez, o andamento das investigações sobre o acidente que matou 16 pessoas, no mês de julho. 

Estiveram presentes Elano Figueredo, assessor de relações da Noar, Marjone Camelo, diretor executivo, Giovani Farias, diretor para assuntos coorporativos e comerciais, e o comandante Ricardo Miguel, assessor de segurança de vôo.

O avião passara por uma revisão nos dias 8 e 9 de julho, tendo sido testado em solo e em voo e liberado no dia 10. Dessa última manutenção até o acidente, três dias depois, a aeronave voou por 17 horas, sem apresentar problemas.

Os representantes da empresa reiteraram que estão à disposição das autoridades para mais explicações, se assim se fizer necessário, e que vão manter o apoio às famílias vítimas do acidente. Giovani Farias lembrou que não existe, no Brasil, oficina do fabricante dos aviões LET-140; sendo assim, técnicos da própria fábrica foram trazidos ao País para fazer as revisões. "É prematuro falar em culpados ou responsáveis, o que podemos dizer é que a manutenção da Noar foi feita com profissionalismo e seriedade", disse Elano Figueiredo, assessor de relações da empresa.

Figueiredo também informou que o seguro R.E.T.A. (Responsabilidade Civil de Explorador ou Transportador Aéreo), que é direito de quem sofre acidentes aéreos, como o DPVAT em relação a acidentes automomobilísticos, já foi pago a 13 famílias. Outras duas vão receber esta semana e a 16ª família foi orientada pelo advogado a não assinar o recibo.  Quanto às indenizações, a Noar afirmou que, junto a seguradora, irá negociar com cada família, mas que usará o mesmo critério para todas.

Sobre voltar a voar comercialmente, os quatro representantes afirmaram que a empresa só voltará a atuar quando se sentir confortável para tal. “Quando as responsabilidades forem apuradas e as investigações concluídas, nós decidiremos o futuro da empresa quanto a isso”, afirmou Marjone Camelo. Ainda segundo Camelo, foi a própria Noar quem pediu à Anac a continuidade da suspensão da licença, a fim de esperar o término das investigações, em respeito aos clientes e funcionários da empresa.

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