Tumulto marca esta manhã a audiência pública para debater o projeto do Novo Recife. A apresentação do projeto do consórcio Moura Dubeux/Queiroz Galvão foi vaiado pela plateia, que lota o auditório. Em seguida, o professor da Universidade Federal de Pernambuco Tomaz Lapa, se posicionou contra o projeto, alegando que ele utiliza a lógica do capital em verticalizar para vender várias vezes seguidas o mesmo terreno. Ele acrescentou que o projeto é segregador porque enche as ruas de carros e é um atentado à mobilidade.
A secretária de Controle, Desenvolvimento Urbano e Obra Maria de Biase, disse que a administração municipal ainda está analisando o projeto. Última a falar, a promotora Belize Câmara, representante do Ministério Público de Pernambuco se pronunciou contra o projeto e foi taxativa: “De antemão, atesto que o Ministério Público se posiciona contra o projeto”, disse. Em seguida, o vereador Liberato Costa Júnior pediu a palavra e foi aberto o espaço para perguntas.
A audiência foi convocada pelo vereador Múcio Magalhães em resposta à provocação de diversos grupos que querem o debate por entender que a área em questão é de interesse público. Segundo o parlamentar, as construtoras que fazem parte do consórcio Novo Recife Empreendimentos foram convidadas para dar explicações sobre o projeto.
O projeto - O Novo Recife prevê a construção de 13 torres e a abertura de ruas, praças e ciclovia. O projeto está sob análise técnica da Prefeitura do Recife e a expectativa dos empreendedores é que seja aprovado nos próximos meses. A proposta poderá sofrer algumas modificações, sugeridas pela PCR. Também será submetida à avaliação de outros órgãos, como as secretarias estadual e municipal de Meio Ambiente e a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife.
Parte dos galpões da Rede Ferroviária Federal, que foram arrematados por um consórcio em 2008, vai ser destruída. A demolição acontecerá numa área total de 15 mil metros quadrados e abrirá espaço para a construção de um complexo formado por empresariais, flats e residenciais. Os galpões que serão derrubados ficam próximo ao Viaduto Capital Temudo, na área da Cabanga
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